quarta-feira, 10 de março de 2010

Teia Paulista e II Fórum da Rede Paulista de Pontos de Cultura

Tudo começou com alguns emails informando sobre este evento que reuniria os Pontos de Cultura do Estado de São Paulo, confesso que no início não estava muito animado, mas com o passar do tempo deu para perceber a empolgação de muitas pessoas, virtuais até então, com a possibilidade deste encontro presencial.
Identificando que poderia ser interessante conhecer outras realidades e assim enriquecer nosso trabalho acabamos decidindo por inscrever um delegado para participar deste evento. Alguns dias antes, tivemos acesso a uma programação resumida do encontro, então deu para ter a dimensão do que se tratava.
No Sábado, 27 de fevereiro de 2010, pela manhã já estava no terminal rodoviário do Tietê em São Paulo tomando uma Van disponibilizada pela organização do evento para transportar os participantes, lá chegando fui bem recebido pela comissão organizadora que disponibilizou diversas informações e tickets de alimentação, além de hospedagem em um hotel muito agradável.
A sensação que prevalecia enquanto eu caminhava pelos espaços das atividades era a de diversidade, alegria, potencia de ação.
Muitas instalações e mostras artísticas demonstravam os trabalhos variados produzidos pelos diferentes pontos do estado, as vestimentas, os sotaques diferenciavam as pessoas, os olhares e sorrisos às igualavam. Jovens, crianças adultos e idosos convivendo no mesmo espaço, conversando, tocando, cantando, apreciando, questionando e construindo empoderamento, autonomia e protagonismo na prática.
O espírito era de sonho, sonho acordado, com cada um demonstrando suas vitórias e animando os outros com as infinitas possibilidades de atuar para a transformação da realidade a partir da produção cultural e mobilização social.
Espaços de formação, espaços de articulação e espaços artísticos debatiam e apresentavam questões como software livre, gestão, prestação de contas, articulação dos pontos do interior paulista, cadeia produtiva da musica, cultura digital e cultura colaborativa, cineclubes, matriz africana e quilombos, contadores de história, economia solidária, teatro, música, entre outros.
Foi possível compreender um pouco mais sobre o embasamento ideológico e político do Programa Cultura Viva que originou a política dos Pontos de Cultura na fala de Célio Turino ao entregar o prêmio Asas aos pontos de cultura que apresentaram trabalhos relevantes no Estado.
Assim se passaram dois dias intensos, com o sentimento de ter perdido muitas atividades interessantes que aconteciam ao mesmo tempo, e também muito animado para contar a todos os envolvidos sobre como é bonito este processo que temos a oportunidade de participar aqui em Piracicaba.
Assim, com as baterias recarregadas tenho certeza que como eu, muitas pessoas retornaram à suas localidades com vontade de continuar o trabalho e aprimora-lo cada vez mais.

Cristiano Gomes Pastor
Instituto Terra Mater

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